quinta-feira, 24 de maio de 2007

Chick flick

Eu adoro filmes de mulherzinha! Daqueles bem típicos, que o cartaz e o título já entregam 70% da história. Daqueles que conseguem encaixar no enredo as piadinhas do Hugh Grant. Em geral, elas não têm a menor graça, mas ainda assim são as mais charmosas do mundo. Daqueles que te deixam ou em frangalhos de tanto chorar, ou então com aquele sorrisinho de “ainn, que fofo” estampado por horas no rosto.

Os meus preferidos são os que têm alguém que morre, ou que está muito doente, geralmente com câncer. Não tem nada pior do que o casal terminar no fim. Pelo menos, quando alguém vai desta para melhor, sabe-se que o amor ainda existe, não foi interrompido por alguma desculpa escrota qualquer. Os meus prediletos que seguem essa linha fúnebre são Outono em Nova York (Richard Gere é um semi-deus) e Doce Novembro (meu preferido ever!).

No fim de semana passado, fui ao cinema e, como todas as pessoas do mundo foram ver Homem-Aranha e Alpha Dog, o filme do Justin, acabamos assistindo O Amor Pode Dar Certo. Pelo nome e pelo cartaz eu já sabia que era bom. E meu namorado, que era ruim.

Na verdade eu acho bacana os homens não curtirem muito essa parada “emo” da sétima arte. Homem de verdade tem que gostar é de filme de guerra, de porrada, adaptação de quadrinhos (os piores) e etc. As comédias românticas e os draminhas água com açúcar são feitos mesmo para as mulheres. Quando a gente namora, acaba chegando num acordo amigável do tipo: “Tudo bem, hoje Homem-Aranha, mas amanhã, um de amor!”. Assim como maquiagens, filmes de mulherzinha, como o nome já diz, são para nós! E que fique sempre assim. Os moços podem muito bem ser sensíveis vendo filmes de pancadaria e kung fu. Conheço um monte deles assim.

Mas voltando ao filme. Logo nos primeiros cinco minutos você já saca que alguém vai morrer, como sempre, de câncer. Aí, depois de um tempinho, você se toca de que OS DOIS têm câncer. Isso é o ápice para os amantes da choradeira compulsiva. O double câncer representa para mim a mesma sensação apoteótica que o começo do Resgate do Soldado Ryan, com todos aqueles tiros e sangue, causa em quem gosta de histórias de guerra. Conclusão: assista e saia do cinema com um vazio interno e os olhos inchados.

Dá pra ver o trailer aqui!

Um comentário:

evaodocaminhao disse...

caralho, como alguma coisa "pode dar certo" se geral tem câncer?

afe